John Stezaker, Worcester / Reino Unido
- arte conceptual contemporânea -
John Stezaker nasceu em Worcester no Reino Unido, no ano de 1949. É um artista que ganhou fama internacional pelos seus trabalhos de colagem em fotografia. Foi um dos artistas da arte conceptual britânica da primeira geração, a expor nos anos 60 e princípio dos anos 70. Durante a década de 70, foi pioneiro na arte da fotografia, expondo, através de mostras individuais ou colectivas, no Reino Unido e na Europa, tendo igualmente participado nas bienais de Veneza e de Paris. O seu envolvimento com a fotografia antiga e a técnica da colagem foi altamente influenciado, nos finais dos anos 70, principio dos anos 80, pelo movimento “New Image Art” nascido nos Estados-Unidos.
Na década de 90, este seu envolvimento com a linguagem imagética e o seu compromisso com a “fotografia antiga”, acabaram por servir de inspiração a uma nova geração de jovens artistas britânicos, os “YBAs”, com os quais veio a expor, a partir de meados dos anos 90, em colectivas na Austrália, na América e na Europa: a “Picture Britanica” em Sydney na Austrália; a “Life, Live” em Paris, no Museu de Arte Moderna; na bienal de fotografia em Ljubljana na Eslovénia e na “British Art Show” em Hayward na Califórnia, no ano de 2000.
John Stezaker é um artista fascinado pelo poder das imagens, que questiona a autoridade das fotografias que encontra em livros, revistas, postais ilustrados e enciclopédias, intervindo directamente no espaço físico que ocupam. Stezaker divide para voltar a unir, inverte ou simplesmente ajusta uma imagem, através de um processo manual, cujo objectivo é o de reconstruir a imagem a partir da sua “desconstrução”, permitindo, assim, a sua participação activa no mundo actual.
Os seus trabalhos de colagem que fazem parte das várias séries já criadas, evocam a presença lúdica e fantástica que sugere o carácter sobrenatural das obras surrealistas. Através de processos de desconstrução e reconstituição, Stezaker oferece uma experiência fragmentada e participada de um mundo gerador de uma realidade estranha e desarticulada.
No trabalho em série “Marriage”, Stezaker concentra-se no conceito de “retratismo”, tanto do ponto de vista de género artístico histórico como no de identidade pública. Utilizando “spots” publicitários de estrelas de filmes clássicos, o artista separa e “cola” rostos famosos, criando ícones híbridos que dissocia da sua natureza familiar para criar sensações do domínio do sobrenatural. Ao juntar identidade masculina e feminina através da unificação de carácteres, o artista aponta para uma harmonia desarticulada em que a não reconciliação da diferença tanto complementa como desvaloriza o conjunto. Na interdependência das suas imagens, as personalidades (e como nós as idealizamos) tornam-se dispensáveis e vazias, convertendo-se em seres abjectos através das suas imperfeições levadas ao exagero e da luta pelo predomínio visual.
No trabalho em série “Masks”, Stezaker prossegue no seu interesse pela face escondida. Imagens de postais ilustrados encobrem e substituem a fisiognomonia do sujeito, deixando um vestígio de cabelo, pescoço e roupas. Em “Pairs”, o postal ilustrado serve de máscara à cabeça dos casais, para, a partir do ponto em que se encontram ou se tocam, seja produzido um efeito surreal pela imagem sobreposta. Paisagens de cavernas tomam o lugar de expressões faciais fazendo-as combinar com cenários narrativos imaginários. Em “Nest”, é a imagem de uma coruja que constitui o elemento de ocultação que joga com a qualidade estética e psicológica do ninho e em que simbolicamente é criada a ambiguidade de síntese entre as figuras e os elementos “colados”.
Na década de 90, este seu envolvimento com a linguagem imagética e o seu compromisso com a “fotografia antiga”, acabaram por servir de inspiração a uma nova geração de jovens artistas britânicos, os “YBAs”, com os quais veio a expor, a partir de meados dos anos 90, em colectivas na Austrália, na América e na Europa: a “Picture Britanica” em Sydney na Austrália; a “Life, Live” em Paris, no Museu de Arte Moderna; na bienal de fotografia em Ljubljana na Eslovénia e na “British Art Show” em Hayward na Califórnia, no ano de 2000.
John Stezaker é um artista fascinado pelo poder das imagens, que questiona a autoridade das fotografias que encontra em livros, revistas, postais ilustrados e enciclopédias, intervindo directamente no espaço físico que ocupam. Stezaker divide para voltar a unir, inverte ou simplesmente ajusta uma imagem, através de um processo manual, cujo objectivo é o de reconstruir a imagem a partir da sua “desconstrução”, permitindo, assim, a sua participação activa no mundo actual.
Os seus trabalhos de colagem que fazem parte das várias séries já criadas, evocam a presença lúdica e fantástica que sugere o carácter sobrenatural das obras surrealistas. Através de processos de desconstrução e reconstituição, Stezaker oferece uma experiência fragmentada e participada de um mundo gerador de uma realidade estranha e desarticulada.
No trabalho em série “Marriage”, Stezaker concentra-se no conceito de “retratismo”, tanto do ponto de vista de género artístico histórico como no de identidade pública. Utilizando “spots” publicitários de estrelas de filmes clássicos, o artista separa e “cola” rostos famosos, criando ícones híbridos que dissocia da sua natureza familiar para criar sensações do domínio do sobrenatural. Ao juntar identidade masculina e feminina através da unificação de carácteres, o artista aponta para uma harmonia desarticulada em que a não reconciliação da diferença tanto complementa como desvaloriza o conjunto. Na interdependência das suas imagens, as personalidades (e como nós as idealizamos) tornam-se dispensáveis e vazias, convertendo-se em seres abjectos através das suas imperfeições levadas ao exagero e da luta pelo predomínio visual.
No trabalho em série “Masks”, Stezaker prossegue no seu interesse pela face escondida. Imagens de postais ilustrados encobrem e substituem a fisiognomonia do sujeito, deixando um vestígio de cabelo, pescoço e roupas. Em “Pairs”, o postal ilustrado serve de máscara à cabeça dos casais, para, a partir do ponto em que se encontram ou se tocam, seja produzido um efeito surreal pela imagem sobreposta. Paisagens de cavernas tomam o lugar de expressões faciais fazendo-as combinar com cenários narrativos imaginários. Em “Nest”, é a imagem de uma coruja que constitui o elemento de ocultação que joga com a qualidade estética e psicológica do ninho e em que simbolicamente é criada a ambiguidade de síntese entre as figuras e os elementos “colados”.